2005/11/13

Devendra Banhart @ Aula Magna de Lisboa

Após uma 1ª parte (algo atribulada e sinceramente desagradável) dos Caveira, um projecto português que não cheguei a perceber exactamente que linha segue, eis que Devendra Banhart pelas 22h10 pisa o palco da Aula Magna acompanhado dos seus amigos dos San Francisco a quem carinhosamente alcunhou de 'Hairy Fairy'. Um espectáculo magnífico, cheio de cumplicidade com o seu (fiel) público a quem Devendra chegou a pedir (mais) barulho porque o silêncio daquela sala o incomodava :). Repetiu a proeza de convidar um forasteiro para o palco para tocar e cantar algo de autoria do convidado. Desta vez, a sorte coube ao Gonçalo. Segundo dizem, esta atitude não foi inédita pois já havia acontecido na sua actuação no Festival SW, em Agosto '05, o qual não cheguei a tempo de assistir.

Devendra não deixou passar em claro as suas nítidas preferências do universo Caetano Veloso, deixando neste concerto malhas assumidas dos Lambchop e Chet Baker. Muito bom. Jóia, né? :)

8 comentários:

Anónimo disse...

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eu não conheço os caveira, mas já li noutro sítio que tinham sido muito bons (risos)
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o nome não promete mas agora fiquei curiosa.
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gosto de grupos que suscitem emoções contraditórias.
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Unknown disse...

Corpo :) Acredita que a actuação foi, pelo menos, péssima. Ainda por cima não lhes estava a correr bem e o baterista numa acção de fúria desmedida, atirou com os instrumentos de apoio e bazou do palco deixando os outros 2 a actuarem sozinhos :S Seria encenação? Não me pareceu.

Anónimo disse...

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risos
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eu queria ter uma banda assim!
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risos
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Unknown disse...

LOL Corpo! Acho que não! Aqueles devem ter perdido a oportunidade da vida! Pobres Caveiras :S

Anónimo disse...

in www.ampola.blogspot.com

Antes, ainda, houve espaço para a Aula Magna ser depositário de volume, distorção, avalanches rítmicas e feedback. Convidados especiais do músico norte-americano, o trio lisboeta CAVEIRA enfrentou a prova de fogo com sabedoria, e progressiva confiança. Na noite de hoje, os nomes citados de KEIJI HAINO e SONNY SHARROCK não saltaram tanto à vista. Na verdade, e embora só os próprios saibam por que linhas se cosem os seus riffs, pela mente da Ampola passaram ideias como garage-rock, blues electrificado e distorcido nas ilhas britânicas nos finais dos 60s, e algum psicadelismo. Passaram 13TH FLOOR ELEVATORS, e LED ZEPPELIN, CREAM e a JIMI HENDRIX EXPERIENCE, onde CLAPTON, PAGE e HENDRIX não são virtuosos, mas não deixam de idolatrar o altar do volume e feedback. O dosear de energias, e a conquista de um efeito envolvente na música dos CAVEIRA permitiram que as dissonâncias mais extremas viessem com caução, sem comprometer a coesão. Uma aposta ganha, e um concerto para retesar os músculos em atenção ao desenrolar dos sons. (8/10)

Abraço
Joaquim Pacheco

Unknown disse...

Joaquim Pacheco :) Obrigado pela visita e pelo esclarecimento aqui deixado. Foi mesmo interessante o texto. Visito o "ampola" algumas vezes, mas não tinha ainda lido o post sobre o concerto do Devendra. Quanto aos Caveira, pois não me agradaram muito, talvez por não estar à espera daquele tipo de som e acho que as coisas não lhes correram muito bem nessa noite. Se dentro da área de actuação, a opinião é favorável (8/10), quem sou eu para criticar? Percebes disso muito mais que eu :) Acho que não era exactamente o local e o momento certos para esse concerto. Concordas?

Um abraço

Anónimo disse...

Sim, nesse aspecto concordo.
Um abraço. Joaquim

Unknown disse...

:)