2012/01/23

Looping State of Mind (The Field)

Com dois excelentes álbuns em carteira (um deles o melhor álbum de 2009 na minha opinião) e mais a demo inicial que permitiu a Axel Willner (aka The Field) assinar pela Kompakt, eis que o ano de 2011 trouxe mais uma vitória para este sueco residente em Berlim. As mesmas fontes sonoras que têm servido aos The Field (sim, agora são um trio), desde o krautrock ao ambient (-dub, -house, -experimental) passando pelo shoegaze permitiu-lhes uma vez mais que 'Looping State of Mind' tivesse tido o devido destaque no ano transacto.

Quase encarado como um manifesto ou mesmo como um case study, é extraordinário como Axel Willner consegue reunir uma faixa dos fãs do estilo indie-rock e uma outra faixa dos techno-fanáticos e criar uma intersecção onde a expansão natural da sua música consegue provocar um êxtase na comunidade. 'Looping State of Mind' não foi excepção, encontrando semelhanças com Mogwai, My Bloody Valentine, Andrew Weatherall ou mesmo de músicas de cariz pop fm do mais mainstream que se possa pensar.

Temas como "Is This Power", logo a abrir o álbum seguida da acelerada "It's Up There" mostra de facto onde se encontra o poder e a força deste álbum, para depois termos momentos quase que à la Sigur Rós em "Then It's White" (um dos temas de 2011) ou mais popinhos em "Sweet Slow Baby", sem contar com o próprio tema que dá nome ao álbum, "Looping State of Mind", uma verdadeira maravilha. 

A forma como Axel concebeu todo este desfile de grandes canções grandes, quer sejam instrumentais quer tenham alguma voz discreta pelo meio leva-me a um determinado estado imprevisível longe de avaliar a minha própria capacidade de agilidade e pensamento no meio de tantos loops que me podem levar ao transe sem nada ter fumado. Na realidade, toda a agilidade deve-se ao formidável trio The Field, liderado por Axel Willner cuja dinâmica e inteligência permite-me concluir que ele está é muito à frente no nosso tempo. 

Deve ser uma deliciosa sensação.

Álbum Recomendado!!


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