Sinceramente já não sei bem a que horas teve início o concerto de Cat Power... talvez pelas 21h20? Não me recordo. Do que sei é que este post deveria ter sido publicado quando cheguei a casa, logo a seguir ao concerto, pois este é um daqueles espectáculos que necessariamente tenho que fazer um delete do meu cérebro.
"Então? A Cat nunca mais entra?" Isto deveria ser o que ia na cabeça do guitarrista e da generalidade dos membros que suportavam Cat Power antes de ela pisar o palco. Como ela não aparecia, lá resolveram improvisar um entretenimento para a malta estar mais descansada. Imaginei eu que seria uma encenação propositada para que a dama Power entrasse em glória. Mais tarde apercebi-me que estava enganado.
Alguns minutos mais tarde lá se dignou a aparecer com um copo na mão, a fumar, muito sorridente e feliz, a dançar manhosamente qualquer coisa e começou então o show.
Começou bem no meu entender. Os dois primeiros temas estavam a correr bem. Ao fim do segundo, os fotógrafos saíram e pronto, ela já poderia fazer o que quisesse. Com alguns problemas técnicos pelo meio, lá se foi aguentando com algumas parvoíces pelo meio e pelo fim, e todo aquele jogo de conversinha com o guitarrista já começava a soar a bluff. Quando foi para o piano, foi a desgraça. Tudo já andava a roçar quase no histórico não-concerto de Matosinhos e, na minha mente, eu já começava a perspectivar que o final daquilo não seria grande coisa.
Em resumo, o concerto foi um autêntico deboche. Ridículo. Parecia o ensaio. Desde as luzes ao som, passando por Chan Marshall e pela banda que a acompanhou, The Dirty Delta Blues, os quais tiveram que comer e calar, afinal o espectáculo era dela. Ela tem uma voz maravilhosa, é certo, houve canções que até me tocaram ao princípio, mas foi só. Nem mesmo os momentos mais íntimos brilharam. Desde alterar as letras, esquecer-se das mesmas, alterar o curso dos temas pelos motivos acima mencionados, live checksound, servir-se do guitarrista como bengala porque já não sabia o que fazia... enfim. De tudo um pouco. Vergonhoso. Absurdo. Péssimo.
Felizmente não houve encores e o alinhamento foi embrulhado, algumas cópias atiradas ao público, outras distribuídas directamente. O mais caricato de tudo foi assistir a um razoável público que a aplaudia histericamente, normalmente a malta mais nova, que muito sinceramente deveriam estar enganados no género musical e devem ter achado aquela soap opera o máximo (até "cornos" vi no ar, como se estivesse a assistir a um concerto punk).
Cat Power: bateste muito no fundo e não deixaste memórias. Drinks, Drugs & Rock NÃO Roll. Cura-te, minha querida, porque ainda não estás recomposta das tuas depressões.
As fotografias ficaram muito más, pois também não houve nenhuma alma que iluminasse Cat Power como deve ser. Patético.
"Então? A Cat nunca mais entra?" Isto deveria ser o que ia na cabeça do guitarrista e da generalidade dos membros que suportavam Cat Power antes de ela pisar o palco. Como ela não aparecia, lá resolveram improvisar um entretenimento para a malta estar mais descansada. Imaginei eu que seria uma encenação propositada para que a dama Power entrasse em glória. Mais tarde apercebi-me que estava enganado.
Alguns minutos mais tarde lá se dignou a aparecer com um copo na mão, a fumar, muito sorridente e feliz, a dançar manhosamente qualquer coisa e começou então o show.
Começou bem no meu entender. Os dois primeiros temas estavam a correr bem. Ao fim do segundo, os fotógrafos saíram e pronto, ela já poderia fazer o que quisesse. Com alguns problemas técnicos pelo meio, lá se foi aguentando com algumas parvoíces pelo meio e pelo fim, e todo aquele jogo de conversinha com o guitarrista já começava a soar a bluff. Quando foi para o piano, foi a desgraça. Tudo já andava a roçar quase no histórico não-concerto de Matosinhos e, na minha mente, eu já começava a perspectivar que o final daquilo não seria grande coisa.
Em resumo, o concerto foi um autêntico deboche. Ridículo. Parecia o ensaio. Desde as luzes ao som, passando por Chan Marshall e pela banda que a acompanhou, The Dirty Delta Blues, os quais tiveram que comer e calar, afinal o espectáculo era dela. Ela tem uma voz maravilhosa, é certo, houve canções que até me tocaram ao princípio, mas foi só. Nem mesmo os momentos mais íntimos brilharam. Desde alterar as letras, esquecer-se das mesmas, alterar o curso dos temas pelos motivos acima mencionados, live checksound, servir-se do guitarrista como bengala porque já não sabia o que fazia... enfim. De tudo um pouco. Vergonhoso. Absurdo. Péssimo.
Felizmente não houve encores e o alinhamento foi embrulhado, algumas cópias atiradas ao público, outras distribuídas directamente. O mais caricato de tudo foi assistir a um razoável público que a aplaudia histericamente, normalmente a malta mais nova, que muito sinceramente deveriam estar enganados no género musical e devem ter achado aquela soap opera o máximo (até "cornos" vi no ar, como se estivesse a assistir a um concerto punk).
Cat Power: bateste muito no fundo e não deixaste memórias. Drinks, Drugs & Rock NÃO Roll. Cura-te, minha querida, porque ainda não estás recomposta das tuas depressões.
As fotografias ficaram muito más, pois também não houve nenhuma alma que iluminasse Cat Power como deve ser. Patético.
.:: Artigos relacionados com Cat Power neste blog: 1. Coachella '06; 2. Two Gallants; 3. The Greatest (Cat Power); 4. Top '06 (Provisório); 5. Top '06 (Provisório), #2; 6. ToKIL Set, 21 Set '06; 7. O Pastor de Abelhas-Emissão de 13 Nov '06; 8. (Greatest) Cat Power.
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14 comentários:
Finalmente o resumo!Hmmmmmmmmmmmmm
Joan as Police Woman no Santiago Alquimista é que foi um concertaço...Concordas ou disconcordas?!
Carlota
Porra! Foi assim tão mau!? Fiquei cheio de pena de não ir mas ao q parece não perdi nada... ou melhor perdi o deboche narco-alcoolico de uma artista pseudo-deprimida...
Sim, também não sabia que tinha sido assim tao mau!! A rapariga tem muiito potencial, mas precisa de uma reabilitação...;/ Joan as police woman, apesar de me parecer "alegremente induzida", concordo que foi um bom e intimista concerto.;)
abraço
ok...tou a ver que há muita malta a queixar-se da miúda....
Carlota :) WOWW! Pensei que me ias "bater" com o meu resumo! LOLL. Não fui ver Joan as Police Woman pois não aprecio muito. Pelo que li, parece ter sido muito bom :)
Mr. S :) Mau é pouco, LOL. De facto não perdeste nada e ainda guardaste o dinheiro do bilhete na tua algibeira. Fizeste bem. Qualquer dia também quero ser pseudo-deprimido.
Péssimo.
:S
Strumer :) Reabilitação? Acho que está a precisar de uma retirada dos palcos, LOL. Ela que continue a produzir bons discos pq potencial não lhe falta.
Não deve é aparecer em público, haha.
Como acima dizia, não fui a JaPW, mas pelo que li foi bem fixe. :)
Hugzz!
Myself :) Mas há também quem diga bem do concerto e da miúda :Z
Quem sou eu para "bater" no mestre...
Eu concordo disconcordando, pode ser?! Deixando a "gata" de lado, quais os próximos acontecimentos'?! Espera só um bocadinho, vou só consultar a tua agenda....
Carlota
Ps: 2 horas a levitar com Wim Mertens
pois... pelo que aqui descreves, devias mesmo ter optado por Lambchop. Foi bom. Muito bom. E um encore, fantástico. Dos melhores a que já assisti.
Carlota :) Haha! Não me gozes que não sou nenhum mestre! :) Tenho apenas algumas opiniões e gostos :) Se quisesses "bater" estavas à vontade. Isto pode ser encarado como um espaço democrático para uma discussão sadia :)
Sea :) Pois... deu para perceber bem pela descrição do teu post. :( Que seca não ter ido. GRRR!
deixa lá, vais no next one, porque eu também faço questão de ir novamente :D
Sea :) OK. Fica então desde já combinado! Possivelmente os Lambchop voltam cá em 2015. :S
GRRR!
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