O entusiasmo com que fui para o concerto dos Interpol não foi o mesmo que tinha quando caminhava para os ver no Rock Werchter '07, ao contrário dos Blonde Redhead (1ª parte). As razões são simples e comuns a muitas pessoas: gosto bastante dos álbuns anteriores, não gosto muito do recente trabalho 'Our Love to Admire' (no meu caso particular, excepto 2 ou 3 temas) e já os tinha visto este ano.
Tal como já tinha expressado e agora confirmo, os concertos dos Interpol são bons, mas nada que se aproxime do "excelente" ou daquilo a que se pode chamar "O concerto". Notei que finalmente a questão da "arrogância" dos Interpol parece ter sido definitivamente afastada do plano social. Desta vez, ao contrário, apesar de se ter notado uma maior interacção com o público, notou-se um certo desgaste por parte do grupo, alguma ausência de energia, especialmente durante temas como "Evil", "C'mere", "Not Even Jail" e "Slow Hands", onde apenas o guitarrista Daniel Kessler parecia oferecer ao público a vibração que era pedida.
Relativamente ao público presente no Coliseu de Lisboa, considero a sua reacção perfeitamente normal num concerto deste tipo. A maioria das pessoas estava ali para curtir, dançar, tentar fazer mosh, gritar e cantarolar e cantar os temas que sabiam de cor. Isto é positivo. Significa brio, vontade, gosto por ali estar, quer tenham 13/14 anos, quer tenham 50. Quer conheçam os temas por vontade própria quer conheçam os temas pela telenovela da noite. Quer porque ouviram na Radar ou na RFM.
Tal como já tinha expressado e agora confirmo, os concertos dos Interpol são bons, mas nada que se aproxime do "excelente" ou daquilo a que se pode chamar "O concerto". Notei que finalmente a questão da "arrogância" dos Interpol parece ter sido definitivamente afastada do plano social. Desta vez, ao contrário, apesar de se ter notado uma maior interacção com o público, notou-se um certo desgaste por parte do grupo, alguma ausência de energia, especialmente durante temas como "Evil", "C'mere", "Not Even Jail" e "Slow Hands", onde apenas o guitarrista Daniel Kessler parecia oferecer ao público a vibração que era pedida.
Relativamente ao público presente no Coliseu de Lisboa, considero a sua reacção perfeitamente normal num concerto deste tipo. A maioria das pessoas estava ali para curtir, dançar, tentar fazer mosh, gritar e cantarolar e cantar os temas que sabiam de cor. Isto é positivo. Significa brio, vontade, gosto por ali estar, quer tenham 13/14 anos, quer tenham 50. Quer conheçam os temas por vontade própria quer conheçam os temas pela telenovela da noite. Quer porque ouviram na Radar ou na RFM.
O alinhamento foi bastante equilibrado na minha opinião. Claro está que a promoção do 3º álbum seria importante, apesar de ter sido bastante bem ponderada com temas dos álbuns anteriores (efectivamente a parte mais chata do concerto desenrolou-se na presença de alguns temas do 3º álbum, com excepção para "Pioneers to the Falls" (que abriu o espectáculo de forma arrepiante), "Mammoth" e "Rest My Chemistry", que considero as melhores músicas do álbum.
Apesar de tecnicamente correctos, apesar de seguirem os seus temas em palco tal como se estivessem em estúdio, claro que a reacção do público foi totalmente cooperante, especialmente após "Mammoth", com o desfile dos hits (excepto "The Lighthouse" ali pelo meio) até ao fim com o escaldante "Not Even Jail" e imediatamente antes dos encores finais.
Apesar de algumas vozes negativas do lado dos media ou do lado de alguns bloggers, embora com alguma razão entre alguns aspectos notificados, continuo a achar que o concerto foi bom. Para quem não estava muito inspirado naquela noite (apesar de ter sido, à partida, uma noite muito especial para mim), sair do Coliseu contente e com um sorriso, significou que a noite ali passada foi positiva e isto para mim chega para classificar o concerto como bom.
.:: Artigos relacionados com os Interpol neste blog: 1. Blonde Redhead-Coliseu de Lisboa, 7 Nov '07; 2. Kraak no Incógnito-Set, 25 Out '07; 3. Stop Barking at Indie-Set, 4 Out '07; 4. Clip: Warszawa (Rotofobia); 5. Clip: That Summer, at Home I had Become the Invisible Boy (The Twilight Sad); 6. InterIndieCity Tracks-Set, 14 Set '07; 7. Top '07 (Provisório), #2; 8. Hey Interpol, How Are Things on the EAST Coast?; 9. An End Has a Start (Editors); 10. Interpol-Rock Werchter, 1 Jul '07 [links para artigos mais antigos através deste post].
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8 comentários:
Sim, também li algumas críticas menos positivas ao concerto. Apesar de tudo gostei do concerto, só achei que por vezes o som estava um pouco alto demais (notei mais na Lighthouse). Quando aos Blonde Redhead que também li o que escreveste, gostei muito, apesar de só conhecer o "23". Fiquei com vontade de descobrir outros álbuns deles.
Purple-Bottle :) Eu também gostei do concerto. No que te referes ao som, é verdade, especialmente para mim que estava numa das laterais onde sentia por vezes algumas distorções... :Z
Idem ""...
(na lateral direita)
:)
Apenas bom? Depois eu é que sou esquisito :P
Achei muito bom, e não precisei de os ver aos saltos pelo palco para que transmitissem intensidade, as músicas falaram por si e a banda é de uma coesão inatacável. E até já gosto mais do último disco que, ainda assim, foi mesmo o elo mais fraco da noite.
Subscrevo o teu relato do concerto. Eles são bons, não foi "o concerto" mas diverti-me à grande. Quanto aos blonde redhead soube a pouco!
Cheers!
Hug the DJ :) Bem, então estavas mesmo ao pé de mim, não? Olha a coincidência! Estava mesmo por cima de uma das saídas :)
Gonn1000 :) Como assim esquisito? "Bom" não chega?? Sou um dos poucos que apesar de tudo digo bem do concerto e tu dizes "apenas bom"? LOL. O que tem que ver os saltos com o concerto dos Interpol? Referes-te aos Editors?
Quanto à coesão dos Interpol, eu não tenho tanta certeza como tu. Bastou ver onde o Carlos D se situou durante todo o concerto.
Mas vá lá concordarmos que o último álbum não é grande coisa :)
Hugz!
Mr. S :) Obrigado Mr. S. De facto quanto aos BR soube a muito pouco. Queremos mais e depressa! :D
Cheers!
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