Aqui está, até esta data, aquilo a que se pode considerar a maior decepção de 2007: o novo álbum dos Editors, 'An End Has a Start', mesmo que tenha escrito isto há uns tempos atrás.
Depois de The Killers (Sam's Town), Bloc Party (A Weekend in the City), Kaiser Chiefs (Yours Truly, Angry Mob), The Bravery (avaliado por este concerto), Maxïmo Park (Our Earthly Pleasures), Clap Your Hands Say Yeah (Some Loud Thunder), é agora a vez dos Editors que conseguiram entre os grupos acima descritos, destacar-se mais pela negativa com o lançamento do sucessor do seu primeiro álbum.
Nem vale a pena fazer comparações com o primeiro álbum, 'The Back Room' (como é que um grupo como este que aparece com um single fortíssimo, "Munich", apresenta um novo álbum desta forma?), pois qualquer semelhança é mera coincidência. As linhas apontadas em 2005 sobre as influências dos Joy Division e dos U2, bem como a sonoridade Interpol à la british mode, serviriam apenas como ponto de partida para o salto (glorioso) dos Editors mas que só foi mesmo possível há 2 anos atrás.
Ofereceram-me o CD. Nesse dia ia de viagem e tive a oportunidade de durante 2h30m de vôo copiá-lo para o PC e de seguida para o iPOD. Depois veio a audição (Not!). Em vez de temas como "Blood", "Lights", "All Sparks", "Bullets" ou "Fingers in the Factories", apareceram canções musicalmente desagradáveis com as cordas vocais de Tom Smith a precisarem de um qualquer xarope para o catarro e a incomodarem efectivamente os meus ouvidos.
Há muitos temas que tendem mesmo para um caminho emo, procurando por esses extractos não se sabe bem o quê (provavelmente os Editors almejam alguma digressão conjunta com os Fall Out Boy ou com os Snow Patrol (estes também deram o salto para o outro lado) ou mesmo com os My Chemical Romance). A minha primeira sensação ao fim da escuta de todo o álbum foi: "que enjôo".
Após algumas insistentes escutas do álbum, posso afirmar que as únicas canções melhorzinhas do álbum são "Escape the Nest", "The Racing Rats" e "Bones" (apesar da versão normal, gosto muito mais desta versão acústica). O resto pode ir para o lixo. Podem porque as restantes músicas não são do tipo "ah ouve-se mas não gosto muito". Não. É algo mesmo para recusar ser ouvido. Nunca imaginei que um grupo fosse capaz de produzir um álbum para provocar dores de cabeça à maioria do público.
Após a pérola 'The Back Room', é uma vergonha que os Editors produzam um álbum desta categoria. Se apanham o EuroStar há um sério risco de se afogarem nas profundezas do Canal da Mancha.
:: "Munich" pelos Editors, em audição no Radio.Blog do Paixaum >+++'>, nesta data.
.:: Artigos relacionados com os Editors neste blog: 1. An Indie Ring-Set, 6 Jun '07; 2. Anti-Anti (Snowden); 3. Rai Convida Kraak-Set, 17 Mai '07; 4. Clip: Bones (Editors)-Dublin; 5. Editors-Novo Álbum [links para artigos mais antigos através deste post].
..:: Automatic English (bad) Version powered by Google.
Depois de The Killers (Sam's Town), Bloc Party (A Weekend in the City), Kaiser Chiefs (Yours Truly, Angry Mob), The Bravery (avaliado por este concerto), Maxïmo Park (Our Earthly Pleasures), Clap Your Hands Say Yeah (Some Loud Thunder), é agora a vez dos Editors que conseguiram entre os grupos acima descritos, destacar-se mais pela negativa com o lançamento do sucessor do seu primeiro álbum.
Nem vale a pena fazer comparações com o primeiro álbum, 'The Back Room' (como é que um grupo como este que aparece com um single fortíssimo, "Munich", apresenta um novo álbum desta forma?), pois qualquer semelhança é mera coincidência. As linhas apontadas em 2005 sobre as influências dos Joy Division e dos U2, bem como a sonoridade Interpol à la british mode, serviriam apenas como ponto de partida para o salto (glorioso) dos Editors mas que só foi mesmo possível há 2 anos atrás.
Ofereceram-me o CD. Nesse dia ia de viagem e tive a oportunidade de durante 2h30m de vôo copiá-lo para o PC e de seguida para o iPOD. Depois veio a audição (Not!). Em vez de temas como "Blood", "Lights", "All Sparks", "Bullets" ou "Fingers in the Factories", apareceram canções musicalmente desagradáveis com as cordas vocais de Tom Smith a precisarem de um qualquer xarope para o catarro e a incomodarem efectivamente os meus ouvidos.
Há muitos temas que tendem mesmo para um caminho emo, procurando por esses extractos não se sabe bem o quê (provavelmente os Editors almejam alguma digressão conjunta com os Fall Out Boy ou com os Snow Patrol (estes também deram o salto para o outro lado) ou mesmo com os My Chemical Romance). A minha primeira sensação ao fim da escuta de todo o álbum foi: "que enjôo".
Após algumas insistentes escutas do álbum, posso afirmar que as únicas canções melhorzinhas do álbum são "Escape the Nest", "The Racing Rats" e "Bones" (apesar da versão normal, gosto muito mais desta versão acústica). O resto pode ir para o lixo. Podem porque as restantes músicas não são do tipo "ah ouve-se mas não gosto muito". Não. É algo mesmo para recusar ser ouvido. Nunca imaginei que um grupo fosse capaz de produzir um álbum para provocar dores de cabeça à maioria do público.
Após a pérola 'The Back Room', é uma vergonha que os Editors produzam um álbum desta categoria. Se apanham o EuroStar há um sério risco de se afogarem nas profundezas do Canal da Mancha.
:: "Munich" pelos Editors, em audição no Radio.Blog do Paixaum >+++'>, nesta data.
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16 comentários:
Eu cá gosto. E muito.
Alf :) WEE! Ainda bem! O maior desafio no mundo musical é a diversidade de opiniões :)
Vais-me desculpar mas acho exageradamente negativa a tua crítica. Claro que este não bate o Back Room, mas daí a compará-los com os MCR, vai uma grande distância, na minha opinião. Se os tivesses visto ao vivo na apresentação do álbum (como eu tive o privilégio de ver), talvez a tua opinião não fosse a mesma...
Extravaganza :) Minha querida, não precisas pedir desculpas. O importante é expressares a tua opinião. Talvez tenha sido bastante negativo, mas este álbum não me agradou nada, como já tínhamos falado pessoalmente.
Não pretendi estabelecer uma equivalência entre os Editors e os My Chemical Romance. Claro que existe uma enorme distância entre eles. Quis realçar através desta metáfora o caminho emocional que os Editors parece quererem seguir.
Kraak meu querido :)
Curioso falares em emocional... Ainda agora postei um texto sobre uma música que me deixa duplamente emocionada.
Agora mais uma vez peço desculpa pela minha ignorância ou raciocínio básico, mas nunca percebi essa coisa do "emotional" ou "emo" ou como lhe queiram chamar...
Então "emo" não é suposto ser tudo o que ouvimos e nos deixa emocionados? :))
Exemplos?
"Val Jester" e "About today" - The National
"Spencer Perceval" e "Rook house for Bobby" (e as outras todas!) - iLiKETRAiNS
"Escape the nest" e "Fall" - Editors
"Young bride" - Midlake
"Leif Erikson" - Interpol
"Maps" - Yeah Yeah Yeahs
"Someone great" - LCD Soundsystem
E por aí fora...
Apesar de, como a maioria, achar que este disco é inferior a "The Back Room", considero-o um bom álbum que melhora com as audições.
"Emo" tou eu com o cartaz do sudoeste...Até emociona de tao fraco q é. Safa-se: Editors(sim, eu gosto deste albúm), Camera Obscura; The Cinematics e Patrick Wolf. Mto pouco pa 4 dias de festival.
Cheers
Estas bandas de quem eu sempre disse mal (Editors, Bravery,etc) estão todas a revelar-se exactamente o que (não) valem. eheh
2 ou 3 boas músicas... soam demasiado a coldplay. Não o acho tão mau como o pintas mas inferior ao Back Room
Ouve-se...poucas vezes. É bastante inferior ao primeiro...nem tem comparação possível.
Esperava melhor e foi muito decepcionante, sim. Mas no sentido em que não foram capazes de resistir à pressão e conceber um segundo disco com corpo completo. Não acho que mudaram a sonoridade mas que seguiram uma receita de mau gosto (talvez aí a tal receita à "Coldplay" ) das orquestrações exageradas, das grandiosidades de produção para esconder músicas fracas. Perdoem-me a minha franca e sincera opinião, principalmente a amiga Ganza, mas é o que penso.
Extravaganza :) Não. Não é a mesma coisa. O "Emo" pelo que sei foi qualquer coisa que derivou de bandas indie dos anos '90 que estavam "cansadas" de ninguém lhes dar ouvidos. Foi como transformar esse movimento noutro mais ligeiro, com batidas alternativas, mas com uma dose de lirismo e dramatismo fora do normal.
Claro que a maior parte destas bandas já não existem e começaram a aparecer grupos que não rejeitaram a tendência dos cabelos compridos e da indumentária preta, já um pouco retardada no tempo, como por exemplo os Fall Out Boy, os MCR e os Panic! @ the Disco (por acaso até gosto destes).
Também há aqueles que viram para o outro lado, como por exemplo os Weezer ou mesmo os Death Cab For Cutie que parece andarem a seguir a tendência da máquina de fazer milhões.
Os Coldplay não fogem à regra e os Editors devem aspirar qualquer coisa mais próxima ainda de outro público.
Puto :) Eu não concordo muito contigo. Cada vez que ouvia o álbum parecia uma espécie de "sofrimento".
Já o arrumei. :(
Clonixx :) Podes crer. Pegas em meia dúzia de artistas do SW e mais alguns de Paredes de Coura e fazias um festival bem fixe e em menos dias.
Atenção: os Editors já não vão ao SW.
Spaceboy :) Dizias mal, mas talvez por uma questão de não teres grande simpatia pelo mundo do indie-rock, embora se me permites, Editors são muito superiores aos The Bravery.
A questão é que, no caso particular dos Editors, estes decidiram enveredar por "outros caminhos" e penso que, mesmo por outras vias, alguma qualidade, embora implícita ainda lá esteja.
Mr. S :) 2 ou 3 músicas é muito pouco, na minha opinião. Se é assim já estou de acordo com a posição dos Ash: passem a lançar só cd-singles.
O que vejo é que a maioria das pessoas, pelo menos concorda, que é inferior ao 'The Back Room'.
Myself :) É mesmo isso que disseste no comentário. Uma mega-produção para esconder falhas num álbum as quais não eram suposto existirem. A máquina para "abrir o tesouro" falou mais alto, infelizmente.
A sonoridade parece-me muito chata. Houve aí mudanças, na minha opinião.
(Apesar de todo o aparato à volta dos Arctic Monkeys, aí está um exemplo bem sucedido para 2º álbum onde não se esperava tamanha qualidade, na minha opinião.)
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