Se há coisas que não me incomodam nada é ter que emitir opiniões pouco abonatórias sobre grupos que gosto bastante. Acima de tudo tenho que ser honesto, pelo menos comigo. Seguindo o caminho da honestidade, eis aqui mais uma desilusão de 2007, desta vez a cargo dos Interpol, mais propriamente o seu mais recente álbum, 'Our Love to Admire'.
O disco tem poucos momentos de grandiosidade e infelizmente possui muitos minutos daquilo a que costumo chamar infra-sonoridade. Isto já se deixava antever quando assisti ao concerto dos Interpol no passado dia 1 Jul '07, nomeadamente pelo insistente conjunto de canções dos anteriores trabalhos apresentados. Apesar da coesão existente no grupo, do profissionalismo com que trabalham e com o qual se apresentam, do substancial upgrade na voz do vocalista Paul Banks, de já terem percebido que nunca iriam conseguir substituir os Joy Division (não sei se isto é bom ou não), os Interpol apresentam-se com um álbum a tender para o suficiente para não dizer (quase) medíocre como o último dos Editors.
Não sei sinceramente se os Interpol perderam alguma identidade. 'Our Love to Admire' apresenta-se como qualquer coisa intermédia entre o 1º e o 2º álbum, revelando nitidamente pouca criatividade na busca de alternativas.
Lamento a todos os fãs e admiradores, mas esta é a minha opinião. Quando um disco tem 4 ou 5 músicas que podem ser mais ou menos destacadas, isto é um mau prenúncio.
Destaque mesmo só para o tema "Pioneers to the Falls": a melhor de todo o álbum, a léguas de distância das restantes. Em segundo plano, as boazinhas "Mammoth", "Rest My Chemistry", "The Heinrich Maneuver" (muito ao estilo "Slow Hands") e "Who Do You Think?". De forma sofrível também não fica de lado o tema "Wrecking Ball". Os restantes temas são verdadeiramente secantes e um bocado para o vexame na carreira dos Interpol.
6 temas em 11 é safar-se da oral para passar com 10 por muito pouco.
:: "Rest My Chemistry" pelos Interpol, em audição via side-bar deste blog, nesta data.
:: "Evil" pelos Interpol, em audição no Radio.Blog do blog Paixaum >+++'>, nesta data.
.:: Artigos relacionados com os Interpol neste blog: 1. An End Has a Start (Editors); 2. Interpol-Rock Werchter-1 Jul '07 [links para artigos mais antigos a partir deste post].
..:: Automatic English (bad) Version powered by Google.
O disco tem poucos momentos de grandiosidade e infelizmente possui muitos minutos daquilo a que costumo chamar infra-sonoridade. Isto já se deixava antever quando assisti ao concerto dos Interpol no passado dia 1 Jul '07, nomeadamente pelo insistente conjunto de canções dos anteriores trabalhos apresentados. Apesar da coesão existente no grupo, do profissionalismo com que trabalham e com o qual se apresentam, do substancial upgrade na voz do vocalista Paul Banks, de já terem percebido que nunca iriam conseguir substituir os Joy Division (não sei se isto é bom ou não), os Interpol apresentam-se com um álbum a tender para o suficiente para não dizer (quase) medíocre como o último dos Editors.
Não sei sinceramente se os Interpol perderam alguma identidade. 'Our Love to Admire' apresenta-se como qualquer coisa intermédia entre o 1º e o 2º álbum, revelando nitidamente pouca criatividade na busca de alternativas.
Lamento a todos os fãs e admiradores, mas esta é a minha opinião. Quando um disco tem 4 ou 5 músicas que podem ser mais ou menos destacadas, isto é um mau prenúncio.
Destaque mesmo só para o tema "Pioneers to the Falls": a melhor de todo o álbum, a léguas de distância das restantes. Em segundo plano, as boazinhas "Mammoth", "Rest My Chemistry", "The Heinrich Maneuver" (muito ao estilo "Slow Hands") e "Who Do You Think?". De forma sofrível também não fica de lado o tema "Wrecking Ball". Os restantes temas são verdadeiramente secantes e um bocado para o vexame na carreira dos Interpol.
6 temas em 11 é safar-se da oral para passar com 10 por muito pouco.
:: "Rest My Chemistry" pelos Interpol, em audição via side-bar deste blog, nesta data.
:: "Evil" pelos Interpol, em audição no Radio.Blog do blog Paixaum >+++'>, nesta data.
.:: Artigos relacionados com os Interpol neste blog: 1. An End Has a Start (Editors); 2. Interpol-Rock Werchter-1 Jul '07 [links para artigos mais antigos a partir deste post].
..:: Automatic English (bad) Version powered by Google.
22 comentários:
AMEN!
O disco denota falta de criatividade, e isso é notorio quando escutamos o "Turn on the Bright Lights" (o meu favorito)
Que desilusão. Mas até é bem feito, para ver se baixam a bolinha.
Serei o único que gostou do último dos Editors?
ola kraak, nao podia discordar mais contigo. nao considero este disco uma desilusao, bem pelo contrario.
temas como "no i in threesome" e "pace is the trick" - esta especialmente, a minha predileta do album - estao muito acima do bonzinho, e nao vejo a necessidade de se ir por outros caminhos quando o que se faz e bom. viva a continuidade, e viva este disco que eu gosto muito, acho inclusive viciante, e ja ouvi muitas e muitas vezes. continua a agradar.
o disco dos editors, puto, por favor, uma verdadeira merdicula :P deves mesmo ser o unico que gosta, no mundo inteiro (alem da extravaganza, mas ela nao conta nao e'...)
limpem mas e' esses serodios, va :PP
bixxxx
.
eu até acho que o álbum começa (muito) bem mas lá para meio torna-se demasiado monótono.
.
no i in threesome é excelente para tardes de cansaço.
.
Filipa: Euronews...
pois
Amigo Kraak, permite-me discordar. Adoro o album... tem estado em repeat ultimamente aqui por estes lados. Acho q souberam fazer um 3º disco que, apesar de não ter uma audição tão fácil como os outros 2 q entraram á primeira, entram bem no ouvido a uma 2ª ou 3ª audição.
Cheers!
Já lhes dei mais de meia dúzia de audições, e continuo na mesma.
João :) HAHA! Eu sabia que me irias compreender!
Shumway :) A criatividade dos Interpol parece ter-se esgotado. A ver se melhoram substancialmente no próximo álbum, a menos que se separem antes disto... (rumores já houve há tempos)...
O meu favorito também é "Turn on the Bright Lights" :)
Puto :) HAHA! Rodinhas baixas para ver se elas não levantam da terra, hehe :)
Editors?
Não. LOL.
Filipa :) Olá! O que eu mais gosto de ver por este blog é quando há vários comentários com as mais diversas opiniões :) Ainda bem que gostas, pois o que seria do mundo musical se não houvesse opiniões diversas?
Eu sinceramente acho o álbum fraco. Pouco melodioso e pouco ambicioso. Não digo que a receita não fosse para seguir, mas esperava muito mais e fiquei desapontado. Acho que não fui só eu...
Sobre os Editors, já expressei a minha opinião num outro post e concordo que o disco é muito fraco.
Bjzz
Corpo Visível :) Dizes muito bem, pois o primeiro tema é sem dúvidas, o melhor de todo o álbum. Depois começa a decair, com alguns chamamentos pelo meio.
Extravaganza :) No comments?
João :) Pois... eu sei que gostas muito do álbum... sorry! :)
Mr. S :) Claro que te permito discordar! Era o que faltava as pessoas que visitam este blog não poderem opinar de acordo com o que pensam!
Muito sinceramente, este álbum não pegou mesmo. Estou como o Puto: já lhe dei várias oportunidades e não consigo mesmo ficar mais agradado.
Mas ainda bem que gostas! Como dizia à Filipa, ainda bem que há opiniões diversas sobre um mesmo álbum :))
Cheers, Mate!
Puto :) Não insistas mais! Eu já desisti. :Z
É complicado... O disco é mesmo down-tempo, quase a caminhar para o pachorrento por vezes.
Parece-me que este álbum tem um som bastante mais engrandecido, mais épico. Parece quase uma catarse profunda. O álbum ao vivo até resulta bastante bem, retirando, claro, alguns "abusos" como "The Lighthouse".
Não é tão bom como o "Antics", para mim o melhor CD deles, nem como "Turn On...", mas não é de maneira alguma um disco abaixo de bom. Não é brilhante, mas há que não exagerar na gestão de expectativas e talvez julgar mais o álbum por ele mesmo, o que nem sempre vi escrito por aí. Deram um grande grande show no SBSR...
Quanto aos Editors, erm, estou completamente de acordo contigo quanto à minha preferência pela versão ao vivo em Glasgow que fui buscar ao "pássaro-azul", mas não vou esquecer a "The Weight of The World" e outras canções daquele CD. Lá está, também não é com este disco que alguém menos conectado com os Editors os vai colocar na prateleira, e também não é ainda a altura de substituir "The Back Room" como o melhor CD dos Editors.
Começa a tornar-se complicado escolher uma lista de álbuns de 2007, outra vez! Cada vez mais tenho álbuns de 2006 para pôr numa suposta lista, bolas! Há cada disco por aí espalhado a ouvir mesmo urgentemente!...
Talvez 2007 seja o ano em que alguns projectos me conquistam mesmo a sério, como os Gogol Bordello, Of Montreal, Modest Mouse e...talvez...os chatos e malucos dos Animal Collective LOL
Cheers...
My Little Bedroom :) Não vou considerar um disco mau, claro que não. Não foi isto que disse no post. Tanto é que nas labels nem sequer mencionei "Não Recomendado", ao contrário dos Editors. É um disco muito chato e que perde ritmo ao longo das faixas e do tempo de escuta.
També gostei bastante de os ver em concerto, embora não tenha sido do SBSR. Em Novembro lá estarei, com toda a certeza!!
Quanto aos álbuns de 2007... puxa, há aí tanta coisa boa para se eleger... o novo dos Animal Collective acho que sai em Setembro. Pensei que curtias os tipos! :)
Hugzz!
mas desta vez os animal collective parece que vem diferentes... :)
a ouvir!
bixxxx
Filipa :) Eu gosto muito dos Animal Collective!! Estou ansioso pela escuta do novo disco!!
Bjzz
Enviar um comentário