Se quiserem uma espécie de batido onde o rock e a pop de outros tempos se encontram nos nossos actuais dias, apesar de ligeiramente em modo emo-shoegaze, sugiro a audição de algo a que já chamaram "o melhor vindo da Escócia nos últimos 20 anos" (tenho algumas dúvidas...), ou seja, porta aberta aos escoceses Glasvegas.
Todo o burburinho centrado nos Glasvegas deve-se ao nome de Alan McGee, produtor e editor independente cujo nome está altamente conectado, por exemplo, com os Primal Scream, The Jesus & Mary Chain, My Bloody Valentine, The House of Love, Oasis ou os Teenage Fanclub. Além disto (medo) quase cerca de 150 críticos/bloggers/produtores britânicos especializados na área musical, elegeram no Top #3 dos seus favoritos para 2008, os Glasvegas como banda de referência.
Após algumas digressões que muito chamaram a atenção em 2006 (chegaram a abrir para os Dirty Pretty Things ou para Ian Brown), já pelas mãos de Alan McGee, os Glasvegas lançaram um poderoso single, "Daddy's Gone", o qual chegou a ser classificado como o melhor single britânico após o grande nascimento dos Arctic Monkeys com "I Bet You Look Good on the Dance Floor" [MP3 aqui], chegando mesmo a ser considerado pela conhecida publicação britânica NME, como o 2º melhor tema de 2007.
"Daddy's Gone" é um tema bastante interessante (a puxar o lado emo dentro de si com uma grua) e que me despertou alguma atenção, sobretudo por ter sido incluído na mais recente compilação produzida pela Rough Trade, 'Counter Culture 07'. A banda lançou há pouco tempo um segundo single, "It's My Own Cheating Heart That Makes me Cry" (disponível para audição no MySpace da banda), o qual reune um conjunto orquestral muito agradável, que em conjunto com "Daddy's Gone", faz com que aquela atmosfera minimalista produzida com 2 guitarras e um baixo se aproxime de um concerto de música clássica.
Vale a pena uma passagem pelo MySpace dos Glasvegas.
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4 comentários:
Olha, os únicos temas dos Glasvegas que ouvi foi "Flowers and Football Tops" e "Whitey", e muito boas coisas li sobre estes dois temas, mas não gostei mesmo nada.
Acho que estão-se a esquecer de uma ilustre banda chamada Franz Ferdinand. Esses arriscam-se, sim, a ser a melhor coisa da Escócia nos últimos 20 anos. Que sensacionalista que é este meio da crítica musical!
Começo-me a decidir antes por varrer as 1600 bandas do cartaz deste ano do South By Southwest. Bolas, se Benicassim já foi o que foi...nem quero imaginar! Mas se tivesse uma revista musical a meu cargo, mandava para lá todos os jornalistas que pudesse!:D
Fica música para aí uns 2 anos!
Cheers...
My Little Bedroom :) Pois eu também andei a ler algumas coisas sobre os Glasvegas, mas nunca me despertaram grande curiosidade. Não conheço os temas que fizeste referência e foi com a audição inesperada de "Daddy's Gone" que resolvi escrever alguma coisa sobre eles.
Os temas a que me refiro e os que estão disponíveis no MySpace não são maus, mas pecam por cair num lado ligeiramente emo que não aprecio de todo. De qualquer forma, acho que a visita ao MySpace não é má de todo.
Sobre o SXSW, nem me digas nada, LOL. Aquilo é um abuso de música. Falas em 2 anos de música? Eu diria muito mais! Já viste o que são 1600 bandas?
GOD!
Hugzzz!
Se já vivo arrasado pela quantidade de bandas novas que vejo em blogs internacionais, ainda vou ficar mais arrasado porque qualquer dia não haverá banda para nós "nova" que não tenha estado no SXSW e que alguém não venha dizer isso - mais ou menos os felizardos da Radar.
Mesmo assim, no rescaldo que fizeram, só deram cartas praticamente bandas que já conhecemos (e houve outras como os R.E.M que se enterraram à BRAVA) e algumas que não pensava que criassem tanto hype de novo, como os quase extintos N.E.R.D (coitados, o Pharell anda a desalinhar a Madonna LOL). Ninguém se dignou a ver o concerto dos Baumer, que eu e o Astronauta tanto admiramos, ou seja, mais um ano em que irão viver na sombra...com mais um grande disco.
Cheers...
My Little Bedroom :) Haha! Claro que haverá sempre bandas "novas". Eu não quero nunca ter essa pretensão de achar que nada não é novo. Quero sempre pensar que haverá sempre malta a pautar-se pela criatividade, nem que seja pelas palavras escritas e cantadas, nem que seja para não fazer da música uma espécie de "beat machine".
Conto contigo para isso, amigo!
Hugzz!!
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